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A calha do Rio Preto em 1972

Publicado quinta-feira, 9 de abril de 2015

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O ano, 1972. Eu era músico e estudava fotografia além dos estudos no “Colégio São José”, em Rio Preto, SP.

Andava com a perua “Kombi” de minha banda, “Grupo Apocalipse”, por toda parte à procura de imagens para treinamento do olhar. Foi em um desses dias, que fiz a foto postada.

Naquela época, o local era bem selvagem. Como se vê, havia uma vegetação rasteira ciliar no rio. Também, a “degradação” do meio ambiente, com o início das obras de uma rua, que posteriormente, virou a Avenida Dr.Philadelpho M. Gouveia Netto. Coisas do desenvolvimento.

A visão da cidade era bem nítida. Não existia o complexo de viadutos “João 23”, mais conhecido por “Jordão Reis”. Nome da rua que “morre” no viaduto. Por isto que seu nome é dividindo entre os rio-pretenses.

Hoje, grande parte da calha do Rio Preto, está canalizada em concreto a céu aberto. Em suas bordas, foram construídas modernas pistas de caminhadas e ciclovias. Tornou-se em um dos pontos turísticos da cidade.

Utilizei uma câmera de formato médio, “Yashica Mat”. Um filme “Fujicolor – ASA 100”. A luz foi calibrada com um fotômetro manual de célula solar comprado nas “Lojas Bechara, onde hoje existe o “Edifício Bechara Hage”, na Bernardino com Marechal.
Interessante, é que nas “Lojas Bechara”, não vendia câmeras fotográficas, mas tinha um fotômetro para venda e nas que vendiam câmeras, só o tinham por encomenda.

Como já disse em textos anteriores, quem sempre me orientava no manuseio de minha “Yashica Mat”, era o saudoso fotógrafo rio-pretense, Nestor Brandão, um dos fotógrafos mais técnicos que conheci. Tive o privilégio em te-lo como um de meus mestres e grande amigo.

Obviamente, que na época, tenha recebido alguma “dura” do Brandão, por ter enquadrado o horizonte ao meio do quadro e priorizado o foco no rio. 
Quarenta e três anos depois, sem vergonha alguma pelos “erros
técnicos”, compartilho com vocês esse momento que passou a fazer parte da história da cidade. O negativo, mesmo ruim fisicamente devido ao tempo e após uns retoques necessários no “photoshop” está aí firme e forte para a posteridade.

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