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Educar para não inundar

Publicado sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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É flagrante, em todo o país, a falta de respeito do brasileiro em relação ao meio ambiente e em especial aos recursos hídricos, essenciais para a sobrevivência. Onde há água, há vida.

Nós, brasileiros, temos os maiores mananciais do mundo. Em breve, com o planeta super povoado, o Brasil terá o "ouro" em que a água se transformará, para exportar.

Ao olhar ao redor, para países do "terceiro mundo", nos deparamos com as mais terríveis guerras, que são as da "fome e da sede". A água, em tais países, é mais valiosa que uma joia.

Em certas regiões da África, as pessoas precisam caminhar por 20 ou mais quilômetros para buscar água em um ponto de captação. Muitas saem de manhã e se retornam na madrugada do dia seguinte.

Mesmo em parte da África do Sul e Leste da Ásia, um quinto da população rural tem acesso à água potável em quantidade limitada.

Aqui, na "Terra de Vera Cruz", o lixo é jogado nos rios, bueiros, as matas ciliares são destruídas, agrotóxicos em excesso atingem os lençois freáticos e colocam em risco os aquíferos. É uma pena? Não! É fruto da falta de educação dos brasileiros.

Embora hospitaleiro, pacífico e bem humorado, o brasileiro, acima de tudo, é inconsequente e irresponsável.

Deus presenteou a nação com água em abundância. Sabiamente, castiga com o próprio presente, através das enchentes. É a lei natural do universo. Toda a ação tem uma reação.

É hora de refletir sobre o que está por vir se a água potável simplesmente desaparecer.

Na foto acima, registrada no dia 07 de Janeiro, empregados da Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto, jogam, rio abaixo, aguapés que estavam retidos por cordas ou boias na parte de cima da Represa Municipal.

Durante a madrugada, vândalos cortaram as cordas e danificaram as boias, ocasionando o entupimento da queda d'água do principal manancial da cidade.

Não houve outra alternativa, a não ser jogar todo o material na calha do Rio Preto. Prejuízo ao meio ambiente e ao próprio homem que sofre com as enchentes, entupimento de bebedouros, etc.

É hora de refletir?

 

Toninho Cury

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