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Uma foto panorâmica da represa de Rio Preto

Publicado quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

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Minha experiência com equipamento panorâmico: do analógico ao digital.

 

A primeira vez que vi uma câmera fotográfica panorâmica, foi nas mãos do conceituado fotógrafo rio-pretense Jaime Colagiovani. Era uma “Widelux” 35mm.

Foi por volta de 1973, quando contratamos Jaime para fotografar nosso conjunto musical,  “Grupo Apocalipse”, no qual eu era baterista.

Ficamos impressionados com a performance da câmera de 35mm com um ângulo de cobertura de 140º. As fotos ficaram perfeitas.

Na época, eu já fotografava. E mais, no auge dos cursos de cinema e fotografia em São Paulo e viagens do conjunto por esse país afora, estava atualizadíssimo. Nenhuma foto do conjunto nos agradava. Foi a foto feita pela câmera e pelo olhar mágico de Jaime Colagiovani, que à primeira vista, não agradou só a mim, como também, a todos componentes da banda. Virou o cartaz número um do "Apocalipse".

Na época, o máximo que se tinha no mercado de câmeras fotográficas, era a “Asahi Pentax” modelo “SP”, 35mm ou as “Yashica” modelos “M” 6x6 e algumas outras como a ‘Miranda”, algumas “Nikon” (raras) e a lendária “Rolleiflex”, nas mãos de poucos privilegiados.

No ano de 1979, me apareceu uma “Widelux” usada e não pensei duas vezes, “bati o martelo”. Comprei e a tenho até hoje.

O funcionamento da câmera é muito simples. Funciona girando um botão do lado direito que arma seu mecanismo. É como dar corda em relógio. Após armado o dispositivo, a lente dá um giro lateral de 140º, sensibilizando o filme.

É uma “engenhoca” criada pela “Widelux” japonesa em 1948.

A foto publicada da Repesa com a Swift ao fundo, fiz com uma câmera digital de bolso. Coisa muito simples na era digital. Neste caso, tive de girar a câmera como se estivesse filmando e o resultado é esse aí.

Em outros casos, basta tirar fotos seguidas girando a câmera e posteriormente monta-las através de ferramentas do “photoshop”.

Antes, o que era uma tarefa quase que impossível, hoje, é coisa corriqueira à qualquer iniciante em computação gráfica ou aqueles com boa noção de computador.

Basta ter uma câmera digital ou um celular que é possível fotografar em formato panorâmico.

A conclusão que cheguei, é que com a digital as coisas são mais fáceis, pois evita a revelação do filme.

No tocante à qualidade da imagem, já existem lentes digitais superiores as lentes usadas na “Widelux”, que são sempre fixas.

Fiz vários trabalhos com a câmera, como as "Diretas Já", a demolição da mansão da família Sestini, o "Talhadão", um trabalho histórico sobre a "Explosão do Judas" na cidade de Itú, muitas fotos publicitárias, entre tantos outros.

Mesmo na era digital, não descarto algumas fotos com minha velha e querida “Widelux”.

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