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O Edifício “IPESP” em 1976 e uma pequena história dos anos 60..

Publicado quarta-feira, 9 de setembro de 2015

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Posto mais uma foto colorida de um negativo de 1976, recuperado de meus arquivos. Desta vez é do imponente “Edifício do Ipesp”, como é conhecido por todos rio pretenses que vivenciaram a cidade de Rio Preto, SP, nos anos 1960 e 1970. Este edifício, também abrigou a agência central da “Caixa Econômica Estadual”, a maior agência de um banco da época.

Na cobertura do edifício, um lindo salão de festas panorâmico. No térreo, um jardim e bancos de granilite, que durante muitos anos eram compartilhados com os frequentadores das praças Dom José Marcondes, São José e Rui Barbosa. Época segura, onde todos conviviam em harmonia. Hoje, devido a violência tudo foi cercado e só os moradores desfrutam de seus confortáveis bancos.

Vasculhando velhos arquivos, selecionei uma lista de residentes ilustres do edifício no período de 1963 à 1965, que transcrevo em seguida: Antonio Tarraf , Thyrso Ramos, Nelson Feres Bucater, Francisco Felipe Caputo, Mário Andaló, Elyseu Sicoli, Geraldo Fortes, Antonio Ceribelli, Ivan Miziara, Nivaldo Carrazone, Waldir de Oliveira Verdi, Miguel Zerati, Darcy Pacheco, Geraldo Guimarães, Nelvio Pala, José Pinho Monteiro, Nelson Bento Lutaif, Antonio Ismael, entre outros empresários, doutores, trabalhadores e gente de bem, que muito colaboraram para o desenvolvimento da cidade.

O momento de maior tensão dos moradores do “Ipesp”, foi em uma noite nos anos 1960, onde um grande incêndio consumiu o primeiro boliche da cidade que ficava na Rua XV de Novembro. O fogo chegou até perto do edifício na Rua Siqueira Campos. O incêndio deixou em cinzas não só o boliche, como também, uma grande adega de bebidas importadas.

O sobrado da “Casa Paroquial”, dividia parede com o “Ipesp”. Lá residia o pároco da “Catedral da Sé”, o monsenhor Leibenites Cesário de Castro, “famoso” por suas rezas fervorosas entre os devotos.

Durante o incêndio, Leibenites pegou um terço e ficou orando na rua. O fogo só foi debelado, quando chegou junto ao muro de sua casa, na Rua Siqueira Campos.

Os bombeiros ficaram até o amanhecer resfriando a parede lateral do “Ipesp”, pois o calor colocou em risco seu reboco.

Depois disso, correu o boato de que o fogo atingira apenas os “vícios”, o boliche e a adega e que a “Casa Paroquial” e o “Ipesp” foram salvos graças as orações do monsenhor Leibenites e a fé de seus moradores.

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